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O que você precisa saber sobre Terapia Fonoaudiológica

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte
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     Assim como o Fonoaudiólogo auxilia pacientes com os mais diversos transtornos de Fala, trata também de outros tipos de dificuldades

     Se o seu filho tem dificuldade em ler e escrever, a terapia fonoaudiológica pode não parecer a resposta óbvia. Muitas pessoas pensam que a Fonoaudiologia se destina apenas às crianças que não conseguem pronunciar certos sons, que gaguejam ou que tem a “língua presa”.

     O Fonoaudiólogo realmente trabalha com estas questões. No entanto, ele também trata de muitos outros tipos de problemas, em áreas como: Linguagem Oral, Linguagem  Escrita e Audição.

     Como funciona a Terapia Fonoaudiológica

     Através de uma Avaliação, o Fonoaudiólogo diagnostica a dificuldade que o paciente apresenta e, assim, consegue determinar qual o tratamento mais adequado para o caso.

     O Fonoaudiólogo é qualificado para tratar as seguintes dificuldades:

  • Fala: Não falar claramente e/ou não conseguir articular alguns sons da fala.
  • Fluência: Dificuldades com a fluência na fala (interrupções e bloqueios), como a gagueira.
  • Voz: Alterações na qualidade da voz (timbre, intensidade, qualidade).
  • Funções Orofaciais: Dificuldades na mastigação, na deglutição, na respiração e na motricidade orofacial.
  • Linguagem Oral: Atrasos no desenvolvimento e dificuldades em compreender e/ou em se expressar oralmente.
  • Linguagem Escrita: Alterações na expressão e/ou na recepção da Linguagem Escrita (Dislexia e Dificuldades Escolares em leitura e/ou escrita).
  • Audição: Alterações do Processamento Auditivo e Deficiência Auditiva.

     Benefícios da Terapia Fonoaudiológica

     A terapia Fonoaudiológica pode ajudar as crianças a falarem mais claramente. Isto as faz se sentirem mais confiantes e menos frustradas ao conversarem com as outras pessoas. Crianças que apresentam dificuldades de linguagem podem se beneficiar socialmente, emocionalmente e academicamente da Terapia Fonoaudiológica.

     Para estudantes com problemas de leitura, como a Dislexia, a terapia fonoaudiológica pode ajudá-los a perceber e a discriminar os sons das palavras, por exemplo: a palavra bola pode ser isolada nos fonemas / b /, / o /, / l / e / a /. Esta habilidade pode ajudar a desenvolver a compreensão da leitura e encorajar o paciente a ter prazer em ler.

     A terapia Fonoaudiológica é especialmente benéfica quando iniciada precocemente. Um estudo verificou que 70% das crianças na Educação Infantil com dificuldades de fala que passaram por tratamento fonoaudiológico mostraram desenvolvimento em suas habilidades de Linguagem.

Atenção: Os documentos eletrônicos aqui publicados são propriedade intelectual de Lilian Kotujansky Forte e de Cecília Schapiro Bursztyn ou de outros contribuintes individuais para o site. Você pode se referir às informações e citações dos artigos deste site, desde que inclua as referências e o link que permitam ao leitor de seu artigo localizar a obra original aqui.

Imagem: My Cute Graphics

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Discriminação Auditiva

Atividade de Discriminação Auditiva

Traço de sonoridade /T/ x /D/

 

Autoria da atividade: Lilian Kotujansky Forte

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Captura de Tela 2013-11-09 às 16.28.37

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Openclipart

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Compreensão de fala em sala de aula ruidosa

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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Compreensão de fala em sala de aula ruidosa

 

A transmissão precisa da informação oral em sala de aula é um fator crítico para o êxito acadêmico tanto do aluno com audição normal, como para o aluno com dificuldades de audição (seja por perda auditiva como por alterações no processamento auditivo).

As variáveis acústicas que podem influenciar a percepção adequada da fala são principalmente o ruído, a reverberação e a distância.

Pode ser necessário um esforço considerável para compreender a fala em situações de comunicação adversas, em especial para o ouvinte com dificuldades auditivas.

 

Pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra, pesquisaram o desempenho de crianças de 9 a 11 anos em duas tarefas auditivas, inicialmente isoladas e depois combinadas:

– percepção de fala (ouvir e recordar palavras monossílabas) com aumento gradual de ruído e

– recordar uma sequência de cinco dígitos.

Na tarefa combinada, após a apresentação dos dígitos, uma série de cinco palavras foi apresentada e a criança repetiu cada palavra assim como no teste isolado de percepção de fala. Após as cinco palavras, os participantes foram solicitados a repetir os dígitos apresentados.

 

Resultados:

Nas atividades isoladas, o desempenho no teste de percepção de fala foi piorando conforme o ruído aumentava, porém houve pouca interferência do ruído no teste de recordação da sequência de dígitos.

 

Quando as tarefas foram combinadas, o desempenho na tarefa de percepção de fala foi piorando conforme o ruído de fundo aumentava, como no teste isolado. O teste de recordação de dígitos, neste caso, também foi afetado pela interferência do ruído e o seu desempenho foi piorando conforme o ruído de fundo aumentava.

 

Conclusão:

Este estudo demonstrou que, embora as crianças conseguissem realizar os dois testes combinadamente, foi necessário um grande esforço conforme o ruído de fundo aumentava (o que se refletiu no baixo desempenho no segundo teste de recordação de dígitos).

O ruído de fundo utilizado nesta pesquisa foi comparável aos ambientes típicos de uma sala de aula.

 

Este estudo demonstra a interferência do nível de ruído em sala de aula no desempenho dos alunos e a importância de se pensar em ambientes escolares acusticamente favoráveis à aprendizagem.

Atenção: Os documentos eletrônicos aqui publicados são propriedade intelectual de Lilian Kotujansky Forte e de Cecília Schapiro Bursztyn ou de outros contribuintes individuais para o site. Você pode se referir às informações e citações dos artigos deste site, desde que inclua as referências e o link que permitam ao leitor de seu artigo localizar a obra original aqui.

 

Referência:

Howard C., Plack C. e Munro K. Effect of background noise on listening effort in normal hearing 9-11 year olds” em http://www.soundfield.info/pdfs/posternovember-theone.pdf

Imagem:

http://office.microsoft.com/pt-pt/images/

 

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Estamos perdendo a nossa capacidade de ouvir

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

www.fonologica.com.br/quem_somos.html

Julian Treasure é um estudioso do som e aconselha empresas de diversos setores sobre a melhor forma de utilizá-lo.

Nesta palestra para o TED em julho de 2011, Treasure diz que estamos perdendo a nossa habilidade de ouvir.

“Usamos 60% de nosso tempo de comunicação ouvindo, mas não temos sido bons nisso. Retemos apenas 25% daquilo que ouvimos. Ouvir é dar um significado aos sons, é um processo mental e um processo de extração.” afirma Treasure.

E quem poderia discordar destas afirmações?

Nos dias atuais a falta de atenção dada ao mundo sonoro é grande e se tornou objeto de estudo de especialistas e educadores. É notório que hoje em dia o mundo privilegia enormemente o sentido da visão em detrimento da audição.

Sim, apesar de fundamental, ouvir está cada vez mais em segundo plano:
. Do ponto de vista sensorial – num mundo cada vez mais ruidoso, estamos gradualmente perdendo a nossa audição;
. Do ponto de vista do processamento auditivo central – dificuldades em reconhecer e interpretar as informações auditivas;
. Do ponto de vista cognitivo – dificuldades em atribuir significado lógico e emocional ao que ouvimos.

Treasure afirma “Ouvir conscientemente sempre leva à compreensão. Um mundo onde não ouvimos uns aos outros, pode ser um lugar muito assustador.”


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Aprendizagem e processamento auditivo

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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Pesquisas recentes têm revelado uma frequente correlação entre as dificuldades de aprendizagem e as desordens do processamento auditivo.

Audição e processamento auditivo

A audição é um sentido fundamental para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem verbal e para a comunicação do indivíduo com o seu meio. A audição é um sentido que apresenta um sistema periférico (orelhas externa, média e interna) e um sistema central (neural) e se dá de maneira contínua, ininterrupta e pluridirecional.

O processamento auditivo, também chamado de processamento auditivo central (PAC), é o termo usado para descrever a maneira como o cérebro reconhece e interpreta a informação auditiva que ouvimos.

O Processamento Auditivo nos ajuda a discriminar entre diferentes sons, a selecionar sons ou fala em um ambiente ruidoso e a entender a fala mesmo quando a qualidade sonora é ruim.

Dificuldades de aprendizagem

As dificuldades de aprendizagem costumam ser diagnosticadas na idade escolar, fase em que a criança e o adolescente podem apresentar dificuldades em leitura, escrita, linguagem oral, raciocínio matemático, memorização e na organização da informação

Este comprometimento no aprendizado não é o resultado direto de problemas intelectuais, sensoriais ou psicológicos que justifiquem essas dificuldades. As dificuldades de aprendizagem resultam de uma maneira diferente do cérebro receber, processar e lidar com determinadas tarefas e informações.

Aprendizagem X processamento auditivo

A audição, por ser uma via sensorial tão importante, possui um papel fundamental no processo da aprendizagem. No ambiente escolar, tanto a interação com o professor e com os outros alunos, como boa parte do conteúdo ensinado, acontece pela via oral. Uma dificuldade no processamento destas informações pode ter um impacto muito negativo sobre a aprendizagem.

Algumas crianças em idade escolar podem apresentar níveis de audição normais e, ainda assim, ter dificuldade nas habilidades auditivas. Entre as dificuldades mais comuns estão a de não compreender a fala em ambiente ruidoso ou em ambiente com vários falantes, de distrair-se com facilidade, de apresentar dificuldade em memorizar e seguir instruções orais e de necessitar de um tempo maior para processar as informações ouvidas.

Pesquisas recentes têm mostrado que é relativamente comum encontrar crianças e em adolescentes com dificuldades de aprendizagem, também com alterações no processamento auditivo.

Neste sentido, é importante complementar a avaliação na área da aprendizagem com uma avaliação do processamento auditivo. Aqueles indivíduos que apresentarem, além da dificuldade de aprendizagem, um distúrbio no processamento auditivo, necessitam de um acompanhamento terapêutico que contemple ambas as necessidades.

É importante destacar que tanto o transtorno do processamento auditivo como as dificuldades de aprendizagem quando identificados precocemente possibilitam uma intervenção terapêutica mais eficaz e adequada.

Por fim, deve-se ressaltar o papel do fonoaudiólogo como o profissional habilitado para o tratamento das dificuldades acima descritas e para a orientação aos pais e à escola do paciente.

Atenção: Os documentos eletrônicos aqui publicados são propriedade intelectual de Lilian Kotujansky Forte e de Cecília Schapiro Bursztyn ou de outros contribuintes individuais para o site. Você pode se referir às informações e citações dos artigos deste site, desde que inclua as referências e o link que permitam ao leitor de seu artigo localizar a obra original aqui.

Referência:

Ribas A, Rosa M, Klagenberg K. Avaliação do processamento auditivo em crianças com dificuldades de aprendizagem. Rev. psicopedag. vol.24 no.73 São Paulo  2007 em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v24n73/v24n73a02.pdf

imagem: http://etc.usf.edu/clipart/

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