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Dislexia – Documentário

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

www.fonologica.com.br/quem_somos.html

O canal HBO passou recentemente um documentário entitulado “Journey into Dyslexia“, que trata de uma maneira sensível e informativa a realidade sobre a dislexia.

O documentário apresenta depoimentos de crianças e adultos disléxicos que contam as suas histórias de lutas e frustrações, mas também de criatividade e sucessos.

Profissionais especialistas em dislexia também são entrevistados, lançando luz às questões levantadas sobre esta dificuldade de aprendizagem.

É possível assistir o documentário, dividido em 6 partes, no You Tube (em inglês):

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Encontre mais informações sobre Dislexia AQUI!

Atenção: Os documentos eletrônicos aqui publicados são propriedade intelectual de Lilian Kotujansky Forte e de Cecília Schapiro Bursztyn ou de outros contribuintes individuais para o site. Você pode se referir às informações e citações dos artigos deste site, desde que inclua as referências e o link que permitam ao leitor de seu artigo localizar a obra original aqui.

 

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Letras espelhadas

O cérebro pode inverter letras e palavras refletidas em um espelho

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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A maioria das pessoas pode ler devagar e com esforço textos refletidos no espelho, mas uma equipe de cientistas do Centro Basco de Cognição, Cérebro e Linguagem demonstrou pela primeira vez, que podemos girar mentalmente essas imagens e entende-las de forma automática e inconsciente durante alguns instantes.

“Em um período muito inicial do processamento, entre os 150 e os 250 milissegundos, o sistema visual gira completamente as palavras refletidas no espelho e as reconhece”, explica Jon Andoni Duñabeitia, principal autor da pesquisa, “mas então o cérebro imediatamente detecta que esta não é a ordem correta e “se lembra” que não deve processá-las deste modo.”

Para o estudo, publicado na revista NeuroImage, os pesquisadores monitoraram com eletrodos a atividade cerebral de 27 participantes enquanto eles realizavam dois experimentos em frente a uma tela de computador.

No primeiro, entre outras informações, foram apresentadas palavras com algumas letras invertidas por 50 milissegundos (um flash imperceptível, mas que é processado pelo cérebro) e, no segundo experimento, a palavra inteira estava invertida (por exemplo, OVITOM ao invés de MOTIVO).

Os resultados do EEG revelaram em ambos os casos que, entre os 150 e os 250 milésimos de segundo, a resposta cerebral depois de ver as palavras refletidas como em um espelho era a mesma que quando lidas do modo normal.

Uma melhor compreensão da dislexia

“Estes resultados abrem um novo campo no estudo dos efeitos da rotação involuntária de letras e palavras em indivíduos com dificuldades associadas a leitura (dislexia) ou a escrita (disgrafia)”, disse Duñabeitia.

O investigador tranquiliza os pais se preocupam quando os filhos começam a escrever invertendo as letras: “. É a conseqüência direta da propriedade de rotação em espelho do sistema visual”. De fato é comum que as crianças  comecem a escrever assim até que aprendam as formas “canônicas” na escola.

“Agora sabemos que inverter as letras não é um problema exclusivo de alguns disléxicos, uma vez que toda pessoa faz isso de modo natural e inconsciente, mas temos que entender porque os leitores normais podem inibi-lo e algumas pessoas com dificuldades de leitura e escrita não, confundindo o ‘b’ com o ‘d’, por exemplo “, explica Duñabeitia.

A comunidade científica entretanto ainda não descobriu como a leitura, uma habilidade aprendida relativamente tarde no desenvolvimento humano, pode inibir a rotação mental no espelho, uma habilidade visual comum em muitos animais.

“Um tigre é um tigre tanto lado direito como do lado esquerdo, mas uma palavra escrita de modo espelhado perde o seu significado, embora agora já sabemos que não é tão incompreensível para o nosso sistema visual, porque ele é capaz de processá-la como se estivesse correta”, conclui o pesquisador.

Referência:

Jon Andoni Duñabeitia, Nicola Manuel Molinaro e Carreiras. “Através do espelho: a leitura Mirror”. NeuroImage 54 (4): 3.004-3.009, fevereiro de 2011. Doi: 10.1016/j.neuroimage.2010.10.079.

Traduzido do site: www.agenciasinc.es/esl/Noticias/El-cerebro-frente-a-las-palabras-del-espejo em 30 março 2011 12:13

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Estudo de Imagem Cerebral Mostra as Bases Fisiológicas da Dislexia

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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Pesquisadores da Universidade de Medicina de Stanford usaram uma técnica de imagem para mostrar que os padrões de ativação cerebral em crianças com pouca habilidade em leitura e coeficiente intelectual (QI) baixo são similares àquelas com pouca habilidade em leitura e QI normal. O trabalho oferece mais evidências sobre o fato de que leitores pouco hábeis possuem um tipo de dificuldade similar, a despeito de sua capacidade cognitiva geral.

 

Educadores e psicólogos têm historicamente confiado no QI das crianças para definir e diagnosticar a dislexia – uma inabilidade de natureza neurobiológica que compromete a habilidade de leitura do indivíduo. Se o desempenho em leitura de uma criança com QI normal estiver abaixo do esperado, ela será considerada disléxica, enquanto que um leitor com pouca habilidade e com baixo QI receberá algum outro diagnóstico.

 

Esses novos achados oferecem “evidência biológica de que o QI não deve ser determinante no diagnóstico das habilidades em leitura,” disse o médico Ph.D Fumiko Hoeft do centro de pesquisas interdisciplinares em neurociências de Stanford que dirigiu este estudo, que aparecerá em breve na edição da Psychological Science.

 

Os novos achados vêm na sequência dos recentes estudos de comportamento mostrando que os déficits fonológicos – dificuldades no processamento do sistema de sons da lingua, que muitas vezes levam a dificuldades em estabelecer uma relação entre os sons da língua e as letras – são semelhantes em leitores fracos, independentemente do QI.

 

O uso do QI no diagnóstico da dislexia, que afeta 5 a 17% das crianças americanas, tem implicações reais para os leitores fracos. Se as crianças não são diagnosticadas como disléxicas, eles não se qualificam para os serviços que um disléxico típico faz, e não são ensinadas a elas estratégias para superar problemas específicos na forma como eles vêem e processam as palavras.

 

Referência:

John D. E. Gabrieli, Fumiko Hoeft, Hiroko Tanaka, Jessica M. Black, Leanne M. Stanley, Shelli R. Kesler, Allan L. Reiss, Charles Hulme and Susan Whitfield-Gabrieli. The Brain Basis of the Phonological Deficit in Dyslexia is Independent of IQ. Psychological Science, 2011

Traduzido de: Stanford University Medical Center. “Brain imaging study shows physiological basis of dyslexia.” ScienceDaily, 28 Sep. 2011. Web. 21 Oct. 2011.

imagem: http://etc.usf.edu/clipart/

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Aprendizagem e processamento auditivo

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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Pesquisas recentes têm revelado uma frequente correlação entre as dificuldades de aprendizagem e as desordens do processamento auditivo.

Audição e processamento auditivo

A audição é um sentido fundamental para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem verbal e para a comunicação do indivíduo com o seu meio. A audição é um sentido que apresenta um sistema periférico (orelhas externa, média e interna) e um sistema central (neural) e se dá de maneira contínua, ininterrupta e pluridirecional.

O processamento auditivo, também chamado de processamento auditivo central (PAC), é o termo usado para descrever a maneira como o cérebro reconhece e interpreta a informação auditiva que ouvimos.

O Processamento Auditivo nos ajuda a discriminar entre diferentes sons, a selecionar sons ou fala em um ambiente ruidoso e a entender a fala mesmo quando a qualidade sonora é ruim.

Dificuldades de aprendizagem

As dificuldades de aprendizagem costumam ser diagnosticadas na idade escolar, fase em que a criança e o adolescente podem apresentar dificuldades em leitura, escrita, linguagem oral, raciocínio matemático, memorização e na organização da informação

Este comprometimento no aprendizado não é o resultado direto de problemas intelectuais, sensoriais ou psicológicos que justifiquem essas dificuldades. As dificuldades de aprendizagem resultam de uma maneira diferente do cérebro receber, processar e lidar com determinadas tarefas e informações.

Aprendizagem X processamento auditivo

A audição, por ser uma via sensorial tão importante, possui um papel fundamental no processo da aprendizagem. No ambiente escolar, tanto a interação com o professor e com os outros alunos, como boa parte do conteúdo ensinado, acontece pela via oral. Uma dificuldade no processamento destas informações pode ter um impacto muito negativo sobre a aprendizagem.

Algumas crianças em idade escolar podem apresentar níveis de audição normais e, ainda assim, ter dificuldade nas habilidades auditivas. Entre as dificuldades mais comuns estão a de não compreender a fala em ambiente ruidoso ou em ambiente com vários falantes, de distrair-se com facilidade, de apresentar dificuldade em memorizar e seguir instruções orais e de necessitar de um tempo maior para processar as informações ouvidas.

Pesquisas recentes têm mostrado que é relativamente comum encontrar crianças e em adolescentes com dificuldades de aprendizagem, também com alterações no processamento auditivo.

Neste sentido, é importante complementar a avaliação na área da aprendizagem com uma avaliação do processamento auditivo. Aqueles indivíduos que apresentarem, além da dificuldade de aprendizagem, um distúrbio no processamento auditivo, necessitam de um acompanhamento terapêutico que contemple ambas as necessidades.

É importante destacar que tanto o transtorno do processamento auditivo como as dificuldades de aprendizagem quando identificados precocemente possibilitam uma intervenção terapêutica mais eficaz e adequada.

Por fim, deve-se ressaltar o papel do fonoaudiólogo como o profissional habilitado para o tratamento das dificuldades acima descritas e para a orientação aos pais e à escola do paciente.

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Referência:

Ribas A, Rosa M, Klagenberg K. Avaliação do processamento auditivo em crianças com dificuldades de aprendizagem. Rev. psicopedag. vol.24 no.73 São Paulo  2007 em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v24n73/v24n73a02.pdf

imagem: http://etc.usf.edu/clipart/

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Dislexia: diagnóstico e intervenção precoce

Autoria do texto: Lilian Kotujansky Forte

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A dislexia é uma coReadingndição de base neurológica, frequentemente hereditária, que resulta em transtornos nas habilidades de leitura, escrita, soletração e ortografia. A dislexia não é o resultado de rebaixamento intelectual, de alterações sensoriais, de pouca motivação para o aprendizado ou de problemas de escolarização. Estima-se que até 10% da população apresente dislexia.

Além das dificuldades de linguagem escrita, é comum o indivíduo com dislexia apresentar também dificuldades de linguagem oral, de concentração, de memória de curto prazo e de organização.

O estudo da dislexia, também chamada de dislexia de desenvolvimento, apresentou um grande avanço durante os últimos anos. As pesquisas mais recentes apresentam evidências de que o déficit central vivenciado pelos disléxicos está relacionado ao processamento fonológico (uma complexa hierarquia de funções relacionadas ao processamento de fonemas). Alguns pesquisadores também consideram que a dislexia faça parte do contínuo das desordens da linguagem. Neste sentido, em alguns casos, crianças com um déficit de linguagem oral podem ser mais suscetíveis a apresentarem problemas de linguagem escrita.

É comum que as dificuldades em leitura persistam até a idade adulta, embora exista uma grande variabilidade no grau em que os indivíduos apresentem suas inabilidades de leitura e de soletração.

Diagnóstico

Normalmente a dislexia é detectada em crianças em idade escolar que apresentam uma dificuldade inesperada na aprendizagem da leitura e da escrita.

Nas etapas iniciais da escolaridade, a dificuldade se apresenta especialmente na correspondência entre os sons da língua e sua representação gráfica. No entanto, com o decorrer do tempo, outros sintomas podem se tornar evidentes, enquanto que déficits anteriores acabaram sendo compensados pelo indivíduo.

Muitas crianças disléxicas passam vários anos escolares sem um diagnóstico adequado, perdendo um tempo precioso sem se beneficiarem de um acompanhamento específico.  Quanto mais precoce a detecção da dislexia, melhor o prognóstico, já que ela favorece ao disléxico ir construindo estratégias para lidar com a sua dificuldade.

Conforme explica a ABD (Associação Brasileira de Dislexia), o diagnóstico é feito por exclusão. São descartados fatores como déficit intelectual, lesões cerebrais e desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar. Devido à sua complexidade, a avaliação e o diagnóstico da dislexia são realizados por uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo e neurologista.

A avaliação vai determinar o nível funcional da leitura do paciente, a extensão de sua dificuldade e as suas potencialidades.

Intervenção

O fonoaudiólogo, por sua formação em desenvolvimento da linguagem oral e escrita e seus distúrbios, é o profissional mais qualificado para tratar o indivíduo com dislexia.

A definição das estratégias de intervenção depende de uma meticulosa avaliação do paciente, para que possa apontar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos, os seus interesses e a sua personalidade.

O trabalho específico voltado para as dificuldades apresentadas pelo paciente pode envolver, por exemplo, o desenvolvimento das habilidades de: consciência fonológica, fluência na leitura, produção de textos, memória, planejamento e organização.

Além disso, é importante ensinar o disléxico a se monitorar e a gerir as suas próprias necessidades.

A família é um elemento chave e parceiro no trabalho com o indivíduo disléxico. É ela que tem condições de oferecer apoio constante, de reconhecer o potencial de seu filho ou filha e de encorajá-lo a se superar. O fonoaudiólogo está sempre em contato com a família do paciente, orientando sobre as abordagens mais adequadas a serem usadas dentro de casa.

A orientação ao professor do estudante com dislexia é fundamental, já que é ele quem está diariamente com o aluno. Além de oferecer ao professor estratégias que facilitem a aprendizagem do disléxico, é importante instruí-lo a ser positivo e construtivo, para que o aluno possa recuperar a sua autoconfiança e acompanhar melhor a classe.

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